Prefeitura busca recursos para implantar uma unidade-piloto
A prefeitura da Capital pretende implantar, ainda este ano, um projeto para retirar as carroças das ruas. Há cerca de um mês, foi adquirido um terreno de 2 mil metros quadrados na Zona Norte para receber um centro de triagem, onde os coletores de lixo poderiam separar materiais recicláveis recolhidos pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), deixar os filhos em uma creche, fazer refeições e assistir a cursos profissionalizantes.
O projeto das centrais de materiais recicláveis chegou a ser apresentado no ano passado para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas a instituição não concedeu financiamento por entender que não se adequava à sua área de atuação. Agora, o município está em negociações com o Ministério do Trabalho e outras fontes de recursos.
- A grande dificuldade é o financiamento, porque construir unidades de maneira simplista não é uma forma adequada de atender às necessidades dessas pessoas. Por outro lado, fazer algo muito sofisticado acaba encarecendo - diz o prefeito José Fogaça.
O prefeito diz que a idéia foi discutida com representantes dos carroceiros. O objetivo é garantir o sustento deles, sem que precisem recolher o lixo das ruas por meio de carroças ou carrinhos. O serviço seria feito exclusivamente pelos caminhões da coleta seletiva do DMLU, enquanto os catadores seriam deslocados para as unidades de triagem. Lá, além de separar o lixo seco, receberiam cursos profissionalizantes e poderiam usar as creches.
- A intenção é gerar um volume de materiais recicláveis grande o suficiente para manter o mesmo rendimento que eles têm hoje. Quando assumimos o governo, dissemos que iríamos enfrentar a questão dos camelôs e dos carroceiros encontrando uma opção aceita pelos trabalhadores e satisfatória para o interesse da cidade - argumenta Fogaça.
Conforme a secretária de Coordenação Política e Governança Local, Clênia Maranhão, o valor de implantação do centro de triagem fica em torno de R$ 1,5 milhão. A unidade piloto, que se localizaria em um terreno já adquirido na Rua Frederico Mentz, seria capaz de atender a cerca de 500 pessoas - número que poderia ser ampliado posteriormente. Calcula-se que a Capital tenha perto de 8 mil pessoas vivendo da coleta de lixo reciclável.
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