segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

DMLU e defensores dos animais debatem carroças

Foto: tonico alvares
Goulart e Adeli (ao fundo) ouviram DMLU e defensores dos animais

Comissão Especial

Representantes do DMLU e dos defensores dos animais se reuniram nesta segunda-feira (17/12) na Comissão Especial dos Carroceiros, da Câmara Municipal de Porto Alegre, onde trataram dos maus-tratos aos cavalos e do recolhimento ilegal de lixo na cidade. O presidente da comissão, Adeli Sell (PT), prometeu agendar um encontro dos defensores dos animais com o prefeito José Fogaça, já que eles reclamaram da falta de fiscalização da prefeitura em relação ao tratamento dado aos cavalos pelos carroceiros. Adeli sugeriu que sempre que presenciarem abusos aos animais as pessoas devem procurar o Batalhão Ambiental da Brigada Militar e também o Ministério Público Estadual.

O supervisor operacional do DMLU, Adelino Lopes Neto, esclareceu que o departamento cuida apenas do recolhimento do lixo e que denúncias sobre a coleta ilegal de resíduos ou de agressões aos bichos deve ser denunciada ao número 156, da Prefeitura. Disse que o serviço de coleta de lixo já está melhorando com a entrada em operação das empresas contratadas recentemente pelo órgão.

Quanto ao problema das carroças, disse que a Prefeitura pretende construir novos galpões de reciclagem nos quais parte dos carroceiros poderá trabalhar. Conforme o órgão, atualmente cerca de 700 pessoas trabalham nos galpões existentes. "Não se pode simplesmente tirar os carroceiros da rua sem que lhes seja oferecida uma alternativa de renda", explicou Adelino.

O vereador Dr. Goulart (PTB) também participou da reunião.

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Prefeito recebe comissão de catadores

12/12/2007
LIMPEZA URBANA

Prefeito recebe comissão de catadores

O prefeito José Fogaça assegurou hoje, 12, ao Movimento Nacional dos Catadores (MNC), que a categoria tem a garantia de trabalho e renda em Porto Alegre. Em reunião com uma comissão de catadores, no Paço Municipal, Fogaça informou que a prefeitura já definiu a área para a instalação do projeto Central de Materiais (Cemar), que deverá reduzir o fluxo de carroças nas vias de grande tráfego da Capital.

Prevista para ser construída no bairro Humaitá, a Cemar consiste em uma grande unidade de triagem para recebimento do lixo reciclável coletado pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e distribuição aos catadores. "Preservar a economia social do lixo é uma política da qual o governo não abre mão. Nosso objetivo é agregar valor ao trabalho dos catadores e criar alternativas em conjunto para qualificar o sistema", afirmou o prefeito.

Para a implantação do Cemar, a prefeitura busca recursos junto ao governo federal, por meio do Ministério do Trabalho. Além do galpão de triagem, a unidade prevê a construção de creche, posto de saúde e escola para atender às famílias de catadores.

Agenda de trabalho - Até a primeira quinzena de janeiro, a comissão voltará a se reunir com o governo para a definição de uma agenda sistemática de trabalho, a fim de atender às prioridades da categoria e qualificar o sistema na Capital.

Participaram da audiência o diretor-geral do DMLU, Mário Moncks, os secretários municipais de Coordenação Política e Governança Local, Cézar Busatto, de Gestão e Acompanhamento Estratégico, Clóvis Magalhães, e de Mobilidade Urbana, Luiz Afonso Senna, e os representantes da Associação de Carroceiros da Ilha Grande dos Marinheiros, Venâncio Francisco de Castro, da Associação de Catadores da Cavalhada, Celoí Saraiva, e do Movimento Nacional dos Catadores, Cristiano Oliveira.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Reuniões discutem carroceiros e PDDUA nesta segunda

Pautas

Os vereadores da Comissão Especial que trata dos carroceiros na Capital recebem, nesta segunda-feira (10/12), às 18h30min, na sala da Cuthab (3º piso da Câmara Municipal), os secretários municipais de Coordenação Política e Governança Local, Cezar Busatto, e de Mobilidade Urbana - EPTC, Luís Afonso Senna, além do diretor do DMLU, Mário Monks. A comissão quer esclarecimentos sobre o posicionamento da prefeitura da Capital sobre o assunto.

PDDUA

Outra comissão especial que se reúne na segunda-feira é a de avaliação das alterações do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA). Com início às 10h, os parlamentares continuarão a análise do relatório parcial da subcomissão I – Desenvolvimento Urbano: Estratégia e Modelo Espacial. São convidadas a falar sobre o assunto as arquitetas Mara Kaufmann, representando o COMPACH, e Elena Graeff, que abordará o tema Áreas de Interesse Cultural.

Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

França adota carroças contra aquecimento global

Daniela Fernandes
De Paris

Na Normandia, as carroças são usadas na coleta de garrafas

Preocupadas com questões ambientais relacionadas às mudanças climáticas, as prefeituras de cerca de 70 cidades francesas estão substituindo veículos motorizados por carroças puxadas por cavalos para realizar serviços públicos como coleta de lixo, transporte de pessoas e manutenção de jardins.
Para os governos municipais, a utilização de carroças puxadas por cavalos é uma forma de contribuir para lutar contra o aquecimento global e o aumento das taxas de emissão de CO2, considerado o principal gás causador do efeito estufa.

As autoridades apontam que, ao usar as carroças de tração animal, não há consumo de nenhum tipo de energia fóssil ou elétrica. Além disso, o animal não polui o meio-ambiente.

Para tarefas realizadas em curtas distâncias, como recolher sacos plásticos de lixo nas ruas, os funcionários públicos deixam normalmente os motores dos veículos ligados durante a coleta, o que provoca um aumento na emissão de gases poluentes.

Economia

Segundo as autoridades locais, a iniciativa também está sendo adotada por razões econômicas.

Para Olivier Linot, secretário-geral da prefeitura de Trouville-sur-Mer, cidade na Normandia, que utiliza as carroças para recolher garrafas recicláveis em restaurantes, o preço dos cavalos é mais acessível e o tempo de trabalho do animal é superior ao dos carros.

Linot explica que o usado na coleta custou 2,5 mil (R$ 6,5 mil reais), enquanto o carro usado no mesmo serviço custa 20 mil euros (R$ 52 mil).

"Os gastos mensais podem se equilibrar, mas o veículo precisa ser trocado após cinco ou seis anos. Já o cavalo pode trabalhar 15 anos", disse Linot à BBC Brasil.

Para ele, as eleições municipais do próximo ano podem acelerar a prática, já que muitos candidatos devem se inspirar na idéia para apresentar programas ambientais em suas campanhas.

Expansão

Mas não é apenas em cidades pequenas que o uso dos cavalos vem ganhando adeptos. Em ambientes urbanos, como em Lyon, por exemplo, as carroças de tração animal são utilizadas para coletar sacos de lixo parques.

Em Paris, a utilização das carroças também foi adotada. Na capital, as carroças são usadas no Jardim de Vincennes para regar plantas e também esvaziar os lixos do parque.

As polícias municipais de cerca de 25 cidades do país, como Bordeaux, Montpellier e Versalhes, também passaram a utilizar cavalos para realizar funções nas quais eram usados veículos motorizados.

Segundo o Haras Nacional, instituição ligada ao governo francês, mil cavalos já são usados por polícias municipais do país.

Saint-Pierre-sur-Dive, na Normandia, foi a primeira cidade a utilizar o sistema, em 1993, na coleta do lixo. No ano passado, o cavalo passou a ser usado também para transportar crianças à escola.

Crítica

Os críticos do uso da carroça de tração animal no serviço público apontam que as fezes dos cavalos podem sujar a rua. No entanto, o problema foi resolvido com a utilização de sacos acoplados ao animal e muitas prefeituras já aderiram à prática.

Linot é também presidente da Comissão Nacional para o Desenvolvimento dos Cavalos Territoriais, organização criada para promover a troca de informações entre prefeituras sobre a utilização do animal.

Segundo ele, há cerca de 30 outras cidades interessadas no uso de cavalos para trabalhos públicos e dez delas já estão desenvolvendo projetos.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Prefeitura entrega nova Unidade de Triagem de lixo

Foto: Ricardo Giusti / PMPA
Prefeito entregou a nova Unidade de Triagem Aparecida das Águas
Foto: Ricardo Giusti / PMPA
"Essa comunidade merece todo o nosso apoio", disse Fogaça

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O prefeito José Fogaça e o diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Mário Moncks, entregaram hoje, 23, o novo galpão de trabalho da Unidade de Triagem (UT) Aparecida das Águas, uma das 14 UTs conveniadas com o DMLU, que fica na Rua Ramiro Barcelos, entre a Voluntários da Pátria e a Castelo Branco.

No local, Fogaça recebeu homenagens da equipe de catadores, conversou com a comunidade e observou que a ação integra o projeto da administração municipal de valorização do trabalho dos carroceiros e carrinheiros da Capital. O prefeito destacou ainda a parceria entre a prefeitura e a empresa LZ Comunicações, financiadora da construção do galpão. "Este é um projeto cooperativo e solidário em benefício de uma comunidade de iniciativa que trabalha com seriedade e merece todo o nosso apoio", disse.

"Vale a pena ver a evolução exemplar das condições de trabalho daquelas pessoas", sintetizou o diretor-geral do DMLU, Mário Moncks. Ele explicou que o projeto com os catadores vai ser viabilizado em toda a cidade, com a construção de novas unidades de triagem. Com isso, o DMLU fica responsável pelo recolhimento e fornecimento do lixo aos catadoresm das unidades conveniadas. "Ninguém mais precisará ficar catando lixo de rua em rua, com carrinhos ou carroças. É só uma questão de consciência e organização para que as pessoas possam trabalhar em boas condições de higiene e saúde, com creche para as crianças, transporte e uma renda digna", disse.

No ano passado, um pequeno grupo de catadores de lixo que vagava pelas ruas e selecionava o seu material em um terreno baldio da prefeitura, utilizando um túnel sob a Av. Castelo Branco, resolveu se organizar. A partir daí, criou uma associação e se conveniou com o DMLU. Em vez de ir atrás do lixo útil, passaram a recebê-lo diretamente no local. Mas ainda viviam em más condições, em um local de chão batido, úmido e muito escuro.

Menos de dois anos depois, hoje esse grupo é constituído por 40 pessoas que trabalham com dignidade em um galpão de 260 metros quadrados, com piso de cimento, bem iluminado e sustentam suas famílias a partir do reaproveitamento e da reciclagem de cem toneladas mensais de lixo, com um rendimento médio mensal de R$ 450,00 por pessoa.

A LZ Comunicações investiu R$ 59 mil na reforma, aí incluída a construção do galpão, a reforma dos sanitários existentes e o cercamento de toda a área.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Coleta seletiva da Capítal é destaque em seminário

05/11/2007
LIMPEZA URBANA

Coleta seletiva da Capítal é destaque em seminário

O novo modelo de coleta seletiva do lixo em Porto Alegre, que está sendo licitado para implementação em 2008, foi apresentado no III Seminário de Resíduos Recicle Cempre, realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, paralelamente à IX Fimai, a mais importante Feira do setor de Meio Ambiente Industrial da América Latina. "Porto Alegre foi pioneira e se mantém até hoje como referência nacional na coleta seletiva do lixo, mas a partir de agora estamos também exportando o sucesso dessa experiência para outros países", afirma Jairo Armando dos Santos, diretor da Divisão de Projetos Sociais, Reaproveitamento e Reciclagem (DSR) do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), e representante de Porto Alegre no evento.

Convidado como palestrante pelo movimento Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) e pela Revista Meio Ambiente Industrial, promotores do evento, Santos explica que as soluções paralelas, da geração de emprego e renda a partir das unidades de triagem já existentes com o projeto da Central de Materiais (Cemar), que visa tirar os catadores autônomos das ruas, mas sem deixá-los à margem da sociedade, foi o ponto que mais chamou a atenção, tanto de outros municípios do Brasil quanto de países da América Latina.

Hoje, Porto Alegre coleta 60 toneladas por dia de lixo reciclável e projeta um crescimento de 70% a partir da implementação do novo modelo, em 2008, mas "se conscientizarmos a população de Porto Alegre da importância de separar o lixo seco do lixo orgânico, temos condições de coletar 300 toneladas por dia de material reciclável", garante Santos. Nas 14 Unidades de Triagem conveniadas com o DMLU trabalham atualmente cerca de 700 pessoas (82% mulheres), que têm um rendimento mensal médio de R$ 480,00.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Gilberto Simões Pires - Capital Mundial das Carroças

ANO VII - Nº 12 - 29/10/2007

COPA DO MUNDO FIFA - Sem qualquer ponta de ironia, para os brasileiros não há coisa mais importante do que a Copa do Mundo de Futebol. E a escolha do Brasil para sediar a Copa de 2014, por mais confirmada que já esteja (até por falta de outro país candidato) será oficializada assim mesmo, na Suíça, com muita pompa e muita despesa.

PORTO ALEGRE - Entre as cidades que deverão sediar uma ou outra partida da Copa do Mundo está a capital do RS, Porto Alegre. Assim como acontece na Fórmula 1, quando são disputadas provas de kart e outras categorias especiais antes da prova principal, Porto Alegre poderia aproveitar as horas que antecederão aos jogos (ou jogo) entre seleções para promover uma corrida (ou apresentação) de carroças na pista do Estádio Beira Rio.

COMEMORAÇÃO - Esta minha proposição, diga-se de passagem, nada irônica nasceu depois que a própria FIFA admitiu que Porto Alegre possui um dos melhores sistemas de transporte do país. Coisa que, inacreditavelmente, conseguiu ser comemorada pela Prefeitura, cujo secretário da área de transportes sequer ficou com vergonha. Pode?

CULTUANDO A ESTUPIDEZ - Considerando esta admissão da Fifa, e mais o fato de que as carroças são os meios de transporte que mais se destacam na capital gaúcha (são mais de oito mil carroças circulando diariamente nas ruas de Porto Alegre), nada melhor do que transformá-las em produto turístico mundial. Seria uma fantástica maneira de dizer ao mundo todo o quanto cultuamos a estupidez.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Globo - Portal G1: Triciclos substituem carroças nas ruas do DF

Coleta de papel na Esplanada dos Ministérios será feita com o uso de triciclos.
Os veículos foram doados para cooperativas de catadores de lixos.

A coleta de papel e material reciclável na Esplanada dos Ministérios será feita, a partir de agora, com o uso de triciclos. Os veículos foram doados para 13 cooperativas de catadores de lixo.

Os triciclos, que possuem capacidade para transportar 1.200kg e alcançam a velocidade máxima de 60km/h, substituirão o uso de carroças e cavalos no centro da capital, proibido desde agosto.

“A princípio esses carros são apenas para as cooperativas. Os carroceiros ainda estão em fase de formação de cooperativa, ainda estão se regularizando. Eles ainda não são cooperados“, diz o presidente da Central das Cooperativas dos Catadores de Materiais Recicláveis do Distrito Federal e Entorno (Centcoop), Aldemir dos Santos da Silva.

Estima-se que, dos seis mil catadores do DF, metade faça parte de cooperativas. A outra metade trabalha por conta própria e com a ajuda de animais.

As carroças estão proibidas de circular em todas as rodovias do DF, nas estradas parque que ligam as cidades e nas ruas do Plano Piloto. Quem for pego no trânsito, terá o cavalo apreendido.

Não é difícil, no entanto, flagrar a irregularidade. Nesta quinta-feira (25), atrás do Congresso Nacional, a equipe de reportagem do DFTV avistou um catador. Quando ele viu a equipe, saiu da pista e fugiu pelo canteiro.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Antônio Carlos Macedo - A chamada das ruas

A coluna de Antônio Carlos Macedo citou, no jornal diário gaúcho da sexta feira, 10/08, a discussão na Câmara dos Vereadores sobre o fim das carroças na capital. O jornalista lembrou que a proposta do vereador Sebastião Melo prevê o cadastramento social das famílias que usam carroças como meio de subsistência, seguido de remanejamento para outras atividades.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Portal G1 Globo - DF: catadores de lixo terão que abandonar carroças

Governo do DF determinou troca por bicicletas, triciclos ou pequenos caminhões.

O prazo para a mudança é de dois meses.

Decreto do Governo do Distrito Federal (GDF) proibiu a circulação de carroças pelas ruas do DF e o Sistema de Limpeza Urbana do DF (SLU) estipulou prazo de dois meses para que as carroças sejam substituídas por triciclos, bicicletas ou pequenos caminhões.

“Se a determinação não for cumprida, o único jeito será partir para a apreensão e a punição. O catador terá a sua autorização recolhida”, alerta a diretora do SLU, Fátima Có.

Os catadores alegam que não possuem dinheiro suficiente para a compra dos veículos. “Quem trabalha com carroça mal consegue se manter. Quem dirá comprar um triciclo ou uma bicicleta”, argumenta o catador Osmailton Araújo.

Já o representante da Cooperativa de Catadores, Francisco Lobato, alega que seria necessário mais tempo para a troca. “São muitas mudanças e o prazo de dois meses é quase impossível”, sustenta.

domingo, 8 de julho de 2007

Alunos constataram que 90% dos animais são mal alimentados

Um estudo dos alunos da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF) mostra que 90% dos cavalos usados pelos catadores de material reciclável são mal alimentados. A constatação foi feita durante o desenvolvimento do Projeto SOS Cavalos deCarroça , que presta atendimento veterinários aos animais, bem como orienta os proprietários de como tratá-los. O trabalho árduo dos cavalos, aliado à falta de instrução sobre o manejo e de condições financeiras dos catadores, faz com que os animais sofram doenças e desnutrição, observam os alunos.

Desde 2006, mais de 200 cavalos foram atendidos e tratados gratuitamente pelos estudantes. Os acadêmicos fizeram levantamento sobre o estado físico e sanitário de 106 eqüinos de tração. O estudo revela que 91,5% não recebiam alimento necessário para o tipo de trabalho exigido, apenas 11,3% eram vacinados e 15% recebiam controle de parasitas. Levantamento com 84 famílias apontou que 87% delas usam acarroça como única fonte de renda. Dessas, apenas 11% possuem renda mensal superior a um salário mínimo.

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, DOMINGO, 8 DE JULHO DE 2007

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Substitutivo No. 03

PROC. Nº 0976/05
PLL Nº 043/05

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO SUBSTITUTIVO Nº 03

O presente Substitutivo visa à adequação da Proposta inicialmente
apresentada à realidade da situação das carroças no Município de Porto Alegre.
O crescente número de carroças circulando nas ruas da Capital vem
sendo alvo de grandes discussões. Nesse sentido, propomos o presente
Substitutivo, o qual foi elaborado após longas discussões com a população, com
entidades e ONGs (organizações não-governamentais) ligadas à causa animal, ao
transporte, ao meio ambiente, à criança e ao adolescente.
O caos no trânsito, o risco de acidentes, a condução indevida de
carroças por menores e os maus-tratos aos animais são alguns dos motivos que nos
levam a apresentar o presente Substitutivo.
A redução dos veículos de tração animal em Porto Alegre deverá
ocorrer, segundo esta Proposta, de forma organizada (após a realização do
cadastramento social), gradativa (em até oito anos) e responsável (condicionada a
metas de transposição).
Nesse sentido, o Substitutivo em questão restringiu-se a definir três
eixos básicos fundamentais à sua efetivação:

1º) a realização do cadastramento social das famílias que utilizam,
para a sua subsistência, veículos de tração animal;
2º) a redução gradativa dos veículos de tração animal das ruas da
Cidade, num prazo de até oito anos; e
3º) a definição, pelo Executivo Municipal, das metas de transposição
desses trabalhadores para outros mercados de trabalho, como, por exemplo, o da
reciclagem de resíduos sólidos, a ser realizada por meio de políticas públicas de
transposição e qualificação profissional dos recicladores, como elemento
condicional à efetivação da Proposta.

Ainda, o Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal nº 9.503, de 23 de
setembro de 1997), em seus arts. 21, 24 e 141, § 1º, delega competência aos
Municípios para, entre outras atribuições, planejar, projetar e regulamentar o
trânsito de veículos, de pedestres e de animais, bem como autorizar a condução de
veículos de propulsão humana e de tração animal.
Por todo o exposto, solicito o apoio dos nobres Pares desta Casa
Legislativa para a aprovação do presente Substitutivo.
Sala das Sessões, 4 de junho de 2007.
VEREADOR SEBASTIÃO MELO

/JCO

PROC. Nº 0976/05
PLL Nº 043/05

SUBSTITUTIVO Nº 03

Institui, no Município de Porto Alegre, o
Programa de Redução Gradativa do
Número de Veículos de Tração Animal e
dá outras providências.
Art. 1º Fica instituído, no Município de Porto Alegre, o Programa de
Redução Gradativa do Número de Veículos de Tração Animal.
Art. 2º O Programa de Redução Gradativa do Número de Veículos de
Tração Animal estabelecerá:
I – o prazo para a realização, pelo Executivo Municipal, do
cadastramento social dos condutores de Veículos de Tração Animal (VTAs); e
II – as ações que viabilizarão a transposição dos condutores de VTAs
para outros mercados de trabalhos, por meio de políticas públicas de transposição
anual que contemplem todos os condutores de VTAs identificados e cadastrados
pelo Executivo Municipal.
Parágrafo único. Dentre as ações de que trata o inc. II do art. 2º
desta Lei, estarão aquelas que qualifiquem profissionalmente os condutores de
VTAs identificados e cadastrados pelo Executivo Municipal para o recolhimento, a
separação, o armazenamento e a reciclagem do lixo, observando-se as políticas
públicas de educação ambiental.
Art. 3º Fica estabelecido o prazo de 08 (oito) anos para que seja
proibida, em definitivo, a circulação de VTAs no trânsito do Município de Porto
Alegre.
§ 1º Fica permitida a utilização de VTAs:
I – em locais privados; e
II – em locais públicos, desde que:
a) para passeios turísticos; e
b) as rotas e baias sejam autorizadas pelo Executivo Municipal.
PROC. Nº 0976/05
PLL Nº 043/05
§ 2º Fica proibido:
I – condução de VTAs por menores de 18 (dezoito) anos de idade;
II – condução de VTAs por pessoa não-habilitada, conforme
legislação vigente; e
III – trânsito de VTAs não-registrados, conforme legislação vigente.
Art. 4º O Executivo Municipal estabelecerá, na Lei Orçamentária
Anual, verbas específicas para a execução e manutenção do Programa de Redução
Gradativa do Número de Veículos de Tração Animal.
Art. 5º O Executivo Municipal regulamentará esta Lei no prazo de
120 (cento e vinte) dias, a contar da data de sua publicação.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Leiloados cavalos apreendidos nas ruas


TRÂNSITO

Leiloados cavalos apreendidos nas ruas

Os oito cavalos apreendidos pelos agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) foram leiloados na manhã de hoje, 31, na área de acolhimento de animais da empresa, localizada no bairro Lajeado, zona sul da capital. Participaram cerca de 20 pessoas interessadas em adquirir os cavalos, recolhidos por maus-tratos ou abandonados em vias da capital, com lances que somaram R$ 1,61 mil, valor a ser investido na manutenção da área de acolhimento.

Inicialmente seriam leiloados 11 cavalos, mas três não resistiram aos rigores do inverno. O trabalho de recolhimento dos animais prossegue diariamente nas ruas de Porto Alegre, por uma equipe especializada de agentes. As denúncias de maus-tratos ou abandono devem ser encaminhadas pelo fone 118.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Carroceiro é condenado por ter maltratado animal

Um carroceiro foi condenado a seis meses de detenção, em regime aberto, com pena privativa de liberdade substituída por prestação de serviços à comunidade. A decisão unânime foi da Turma Recursal dos Juizados Especiais Criminais do Estado.

Segundo denúncia do Ministério Público, o réu maltratou um cavalo, em abril de 2004, com facão e o cabo de um relho. O animal foi agredido porque não conseguia puxar a carroça devido ao excesso de peso.

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2007

sexta-feira, 27 de abril de 2007

E as carroças continuam a provocar acidentes fatais

Caminhão bate em carroça na RS 030

Dois acidentes fatais foram registrados ontem no RS. Rosa Cristina Vieira de Carvalho, 65, morreu após um caminhão bater na carroça que ela estava, no km 44, da RS 030, em Santo Antônio da Patrulha. O carroceiro e o caminhoneiro ficaram feridos.

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2007

terça-feira, 24 de abril de 2007

Fonte Talavera recebe obras de restauração. Quem pagará pelo restauro?

Foto: João Fiorin / Arquivo PMPA


PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Fonte Talavera recebe obras de restauração

A Prefeitura deu início ao processo de reposição de peças da Fonte Talavera, localizada na Praça Montevideo, em frente ao Paço Municipal. Esta manhã, engenheiros da Espaço, Arquitetura e Restauro trabalharam na confecção do molde da escultura superior, danificada em junho de 2005, durante uma manifestação de carroceiros.

Em gesso e argila, o molde será enviado à Artesania Talaverana, sediada na cidade de Talavera de La Reyna, na Espanha, para finalização do trabalho de confecção. Conforme a coordenadora da Memória Cultural do Município, Miriam Aloísio Avruch, este molde deve assegurar a precisão da bacia maior. “É um trabalho delicado e moroso. A bacia foi confeccionada oito vezes e todas as vezes que foi para o forno, apresentou rachaduras”, disse. A previsão é de que as peças cheguem a Porto Alegre em cerca de 30 dias.

Além da reposição da bacia e demais peças, com o restauro, a fonte receberá limpeza completa e reforma nos dutos de água. Executado com recursos do Fundo do Patrimônio Histórico Artístico e Cultural (Funphac), o trabalho de instalação está estimado em R$ 49 mil e conta com apoio do governo espanhol.

Fonte Talavera
Presenteada a Porto Alegre pela Sociedade Espanhola de Socorros Mútuos, no centenário da Revolução Farroupilha, em 1935, a peça é uma contrução original de 1855. Foi criada pelo artista Juan Ruiz de Luna e fabricada em seu atelier em Talavera de la Reina, na Espanha. No ano 2000, passou por um processo de restauração efetuado pela equipe do arquiteto Edegar da Luz, a mesma que está executando o trabalho de reposição das peças.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Correio do Povo (04/02/2007); Proposta é retirar a tração animal em 8 anos

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, DOMINGO, 4 DE FEVEREIRO DE 2007
Proposta é retirar a tração animal em 8 anos


Os vereadores Sebastião Melo e Adeli Sell representam, na Câmara Municipal de Porto Alegre, a proposta de promover o fim gradativo da presença das carroças no Centro em oito anos e a instalação, em projeto piloto, de contêineres para a coleta seletiva do lixo. A iniciativa, de autoria de Melo, já chegou ao prefeito José Fogaça, que prometeu se posicionar até março sobre o assunto. Os vereadores aguardam a afirmação de que a prefeitura garantirá renda e trabalho a carroceiros e carrinheiros. Adeli Sell disse que a situação atual é incompatível com o trânsito, com os animais e com os próprios trabalhadores. 'Ou solucionamos o problema, ou afundaremos com ele', lamenta.

Entidades de proteção animal, como o movimento Carroças Têm Solução, acusam que muitos catadores maltratam os cavalos. O diretor de Trânsito e Circulação da EPTC, José Govinatzki, ressaltou que a EPTC tem recolhido cavalos, dado tratamento e leiloado para pessoas que se comprometem a cuidar dos mesmos. Segundo Govinatzki, outro problema é que muitos carroceiros não respeitam a lei de trânsito. Um dos coordenadores do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Alex Cardoso, disse que o problema está nos carroceiros que não são filiados. 'Do total de 8 mil que circulam em Porto Alegre, apenas 1,2 mil estão organizados', apontou.

O diretor do Hospital das Clínicas Veterinárias da Ufrgs, professor Carlos Afonso Beck, contou que atende freqüentemente animais de carroceiros. No mínimo, três cavalos por dia. 'Geralmente quem procura é quem não maltrata', apontou.

Correio do Povo
Porto Alegre - RS - Brasil

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

DMLU denuncia furto de sacos de lixo

LIMPEZA URBANA

DMLU denuncia furto de sacos de lixo

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) detectou esta semana um novo tipo de problema, que contribui para o aumento dos focos de lixo nas ruas: o furto de sacos de lixo. De acordo com o Departamento, catadores têm despejado lixo na calçada, levando os sacos vazios.

Segundo Elson Farias, diretor da Divisão de Limpeza e Coleta do DMLU, a empresa que presta o serviço de coleta domiciliar está sem saber o que fazer, porque a sujeira aumenta e os caminhões começam a atrasar os roteiros normais. Os focos de lixo, basicamente sobras da ação indiscriminada de carroceiros e carinheiros por toda a cidade, são o maior problema do DMLU atualmente. O volume mensal é de 5,5 mil toneladas e custa aos cofres públicos aproximadamente R$ 2,8 milhões por ano.

"Para se ter uma idéia desse volume, significa mais ou menos não recolher o lixo todo da cidade durante uma semana inteira", compara Adelino Lopes Neto, Supervisor Operacional, que destaca a necessidade de ajuda que o DMLU tem de outros órgãos públicos, como EPTC e Brigada Militar, para resolver esse problema que vem se agravando.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Projeto de Lei que institui "Programa para Redução Gradativa do Número de Veículos de Tração Animal (VTAs)" em Porto Alegre

PROJETO DE LEI Nº 043/05 – (Proc. Nº 976/05 - Substitutivo)

Institui o "Programa para Redução Gradativa do Número de Veículos de Tração Animal (VTAs)" e dá outras providências.

Art. 1º - Fica instituído o "Programa para Redução Gradativa do Número de Veículos de Tração Animal (VTAs)", cujas finalidades são:
I – Dar melhores condições de trabalho a pessoas envolvidas com a coleta de resíduos sólidos,
II – Minimizar os maus-tratos em cavalos utilizados nos VTAs, e
III – Melhorar as condições de segurança e circulação no trânsito.

Art. 2º - O programa estabelecerá:
I - Ações que possibilitem que os condutores de VTAs ingressem em mercados de trabalhos, como o da reciclagem de resíduos sólidos, e
II – Projetos para utilização e financiamento de veículos movidos por combustíveis não poluentes.

Art. 3º - Fica estabelecido o prazo máximo de 8 anos para que seja proibida a circulação no trânsito de Veículos de Tração Animal (VTAs) no Município de Porto Alegre.
§ 1º. Excetua-se a utilização de VTAs para passeios turísticos cujas rotas e baias serão autorizadas pelo Município.
§ 2º. A partir da publicação desta lei não será permitido:
I - A condução de VTAs por menores de 18 anos.
II – O trânsito de VTAs não registrados conforme legislação vigente.
III – A condução de VTAs por condutor não habilitado conforme legislação vigente.

Art. 4º - O Executivo Municipal estabelecerá no orçamento verbas especificas para a execução e manutenção do programa.

Art. 5º - O Executivo Municipal regulamentará esta Lei a partir da data de sua publicação.

Art. 6º - A presente Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Ver. Sebastião Melo
Câmara Municipal de Porto Alegre/RS